A água é um dos recursos fundamentais desta região, os rios e as ribeiras que atravessam este território foram indispensáveis para a fixação humana. O rio Sousa e as Ribeiras de Santa Comba, das Banjas, de Lagares e da Cadela são linhas de água importantes, aproveitadas pela sua força para a implantação dos números moinhos aqui existentes.

Nas margens destas linhas de água, observam-se várias casas de moinho, normalmente de planta retangular, construção em xisto nu, cobertura de duas águas com remates em lousa. Desenvolvem-se em dois pisos, o inferior por onde circula a água movimentando o sistema hidráulico e o superior, com soalho de madeira onde se encontram as mós e se realiza a moagem do cereal transformando-o em farinha.

A atividade moageira tem sido uma constante na vida das comunidades desde a pré-história, tendo sido um dos mais importantes instrumentos na economia de subsistência para as gentes destes lugares. Mas, os moinhos eram, também, locais de convergência e de convivência social aproveitados pelos seus utilizadores para conviverem enquanto esperavam a transformação do cereal em farinha.

Não existe informação