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Importante: os graves incêndios que assolaram os municípios de Gondomar e de Paredes de 16 a 18 de setembro de 2024 impactaram de forma significativa o Parque das Serras do Porto, em especial nas serras das Banjas e das Flores. Estamos a envidar esforços no sentido de avaliar os danos nos trilhos e respetiva sinalética, de modo a que possamos vir a disponibilizar novamente a nossa Rede de Percursos Pedestres na sua globalidade. Até lá, os percursos pedestres que abrangem as serras das Banjas e das Flores devem ser evitados.

Esta pequena rota (PR), circular, com 10.9 Km e 3h30 de duração, num percurso classificado com dificuldade Média-Difícil, desenvolve-se na encosta da serra das Banjas, onde a intervenção humana ao longo dos séculos alterou a paisagem, conforme os recursos económicos explorados, a referir, a extração mineira de ouro pelos romanos no séc. I, a agricultura nos campos junto ao Douro, a exploração da carqueja para acender as fornalhas das padarias e, por último, a produção de floresta de eucalipto.

Assim, são dois os temas oferecidos aos caminhantes nesta pequena rota. O trilho da Carqueja estabelece uma conexão entre o núcleo rural de Melres, banhado pelo rio Douro e as cristas quartzíticas da serra das Banjas, explorada desde os primórdios pelos seus filões auríferos. A ocupação romana e as suas técnicas de exploração mineira, ainda proliferam e se mantém vivas na serra, nos fojos, banjas, galerias e respiros, que atualmente se constituem excelentes abrigos para a biodiversidade. Depois desta exploração outras se seguiram, como é o caso da carqueja e montena. 

O trilho alcança o seu ponto mais alto, a 560 m, o olhar abrange o vale do Douro e a paisagem estende-se para lá do monte de S. Domingos até à serra da Freita em Arouca.

Olhando a encosta da serra vemos a rede de caminhos, ainda hoje utilizados, que ligam toda a antiga zona de exploração de carqueja e madeira com os cais do rio. À meia encosta o antigo “Rego dos Mouros” demarca-se na paisagem.

Este é um percurso recomendado para todo o ano, chama-se particular atenção ao calor nos meses de Verão. O percurso coincide com o GR62- Grande Rota das Serras do Porto; PR8 PRD-GDM: Trilho do Mel e do Ouro Romano.

MUITO IMPORTANTE > Seguir sempre pelos caminhos e trilhos sinalizados, não nos afastando das marcações existentes ao longo dos percursos, por razões de segurança, devido à ocorrência no território de antigas cavidades mineiras, como fojos e respiros, eventualmente camufladas pela vegetação.

Desdobrável do percurso.